Foi-se o tempo em que, para compartilhar arquivos, precisávamos de um hardware, seja o pen drive ou o tão vintage disquete. A TI em nuvem chegou para revolucionar tudo o que fazemos na nossa vida pessoal e também profissional.
Temos a possibilidade de compartilhar projetos, não importa o tamanho deles e isso também contribui muito para o desenvolvimento de várias empresas. É quase inimaginável entender como tudo funcionava antes do armazenamento em nuvem.
Porém, esse cenário já está ficando para trás, uma vez que a explosão da quantidade de dados requer mais espaço e agilidade. É assim que surge a computação de borda.
Conversamos com o diretor executivo da Multidata, Diorgil Júnior, sobre esse novo passo da TI e como está o posicionamento do mercado. Confira no texto!
Empresa infinita
Diorgil apresentou um material publicado no site Extreme Networks e intitulado Will the cloud find a new home at the edge?, traduzido livremente para “Serviços de TI na nuvem encontrarão um novo lar no limite?”.
O texto traz o conceito de “empresa infinita” que, em meio à hiperconectividade, faz com que os empreendimentos não tenham um lugar onde começam e terminam os seus serviços. Os dados e informações são disseminados amplamente para um espaço geográfico que é quase impossível delimitar.
Um exemplo: a Netflix. Não há um lugar fixo onde podemos ir para receber seus serviços. Os dados do streaming se estendem infinitamente.
O resultado de toda essa conexão? A necessidade de maior capacidade de armazenamento.
Não é o fim na TI em nuvem
Apesar disso, ainda não é o fim da TI em nuvem, de acordo com Diorgil Júnior. “A nuvem é um caminho sem volta e veio para ficar. O que vai acontecer é que muitos serviços, que hoje estão hospedados nela, passarão a ser empregados na borda da rede, junto aos usuários finais. O objetivo será de otimizar a utilização dos recursos tecnológicos das organizações”.
Apesar da nuvem ser uma ótima opção para as empresas, como mostrou o material da Extreme Networks, o avanço da Internet das Coisas (IoT) e da tecnologia 5G exige maior capacidade de processamento em tempo real e baixa latência.
De acordo com o texto, o número de dispositivos IoT deve triplicar de 2020 a 2030, com uma taxa de cerca de 11% ao ano.
Assim a quantidade de dados tende apenas a aumentar e precisamos estar prontos para lidar com essa situação. O processamento em nuvem não poderá ser o mesmo.
É hora da computação de borda
Para enfrentar o que nos espera na TI, temos a computação de borda. Como explicou Diorgil, “estes aplicativos estão aumentando o seu uso junto aos usuários finais e, com isso, existe a possibilidade de transferir mais serviços que não dependam de hospedagem em nuvem pública ou nuvem privada”.
O que está mais em foco na evolução desses mecanismos é a melhora na latência, o que permitirá reduzir os custos de largura de banda. Isso poderá incluir diversos dispositivos, como roteadores, switches e pontos de acesso.
Deixando-os em um ponto da rede mais perto do usuário, bem na “borda”, os custos com datacenters reduzirão e a sociedade verá a melhoria na rapidez dos processos. Enfim, todos irão ganhar.
Os benefícios da borda
Não podemos deixar de listar os principais benefícios da computação de borda, com os aspectos mais notáveis que podemos ter acesso já no presente.
Banda reduzida
Além da maior proximidade, a computação de borda pode ainda trabalhar como filtro de dados antes que eles sejam enviados à nuvem. Dessa forma, o desempenho melhora e há menores riscos de sobrecarregar o sistema.
Soberania dos dados com a computação de borda
A necessidade de ter uma maior velocidade de processamento também gera a demanda por mais controle na gestão dos dados. Com o investimento na borda, as empresas podem ter um olhar atento para as técnicas de distribuição, inclusive com os cuidados a respeito da privacidade.
Experiência de aplicação
Com mais aplicativos que pedem experiências imersivas, como mostrou o material da Extreme Networks, o processamento em tempo real precisa ter uma ampla capacidade, algo que já pode estar defasado na TI em nuvem.
Atrasos impactam no uso de vários recursos e, consequentemente, na imagem que a empresa construirá perante o seu público.
Da TI em nuvem para a computação de borda: o que nos espera?
A computação de borda não é a primeira e nem será a última inovação na TI, sempre com o objetivo de atender as demandas por maior conectividade que o mundo do século XXI requer.
O diretor executivo da Multidata, Diorgil Júnior, vê com bons olhos essas mudanças. “As aplicações sendo utilizadas na borda aceleram o processo de comunicação e trabalho entre os colaboradores das organizações”, acrescentou ele.
Ficaremos atentos a essas novidades e você também pode se manter por dentro dos assuntos da TI, com as publicações que sempre realizamos em nosso blog.
